BLOG

"Primeira infância, tempo de aprender, de brincar e conviver!"

O COMPORTAMENTO DA BIRRA E O SENTIMENTO DE FRUSTRAÇÃO

“Os sentimentos devem ser cuidados primeiro antes de que o comportamento possa ser melhorado”

Birras não se definem como aspectos de mau comportamento.

Na verdade são manifestações, pedidos de ajuda e auxílio que a criança expressa para saber lidar com suas emoções. A birra é uma explosão emocional, um desencontro entre o que a criança quer e deseja e a impossibilidade da realização. A frustração é o sentimento que toma conta da criança e ela não tem elementos intelectuais/emocionais/psíquicos para enfrentar esta situação.

Podemos educar a frustração com combinados, antecipando o que vai acontecer, prevendo as situações, dizendo antecipadamente o que a criança pode e não pode, narrar, anunciar e dar informações sobre o que acontece ou acontecerá nas situações que envolvem seu filho, sua filha.

Se não houver essa previsibilidade, não se preocupem lidem com o momento com serenidade e convicção. O adulto não deve simplesmente reagir à birra. É necessário agir de modo a não reforçar este comportamento na criança. Nessas horas você pode ficar com raiva, mas precisa controlar a sua frustração e se manter firme para que a criança se conecte com você.

Isso significa pensar antes de agir, respirar fundo e fazer o que for preciso para se centrar. Tenha muita paciência e a noção de que a birra é também uma oportunidade de aprendizado para os pequenos. Vocês são a bussola e uma orientação afetiva vai ajudar muito nesses momentos. A criança não consegue se acalmar sozinha e precisa dos adultos como reguladores.

A birra, portanto, é anterior à capacidade de raciocínio de comunicação não adquirida ainda pela criança aos 2 e 3 anos de idade, ela nasce da possibilidade de a criança começar a tentar se comunicar e perceber que tem suas próprias vontades. Com o tempo e o ensinamento dos adultos ela aprenderá formas de mostrar o que deseja/precisa.

A criança precisa ter clareza do comando paterno e/ou materno equilibrado. Reconheça, diga que você entende o que ela está passando, entende que está chateada, demonstre feições de que não está bravo/a, se ela não quiser você por perto, diga que está disponível e que volta quando ela se acalmar. Não faça palestras ou fale: “pare de chorar”, “não foi nada”, “levanta-se daí”, “pare de bobeira”, isso pode deixar a criança envergonhada. A birra é um estado biológico, não adianta gritar, usar recompensas ou castigo. A criança precisa do nosso espelho e do nosso amparo para encontrar soluções.

Saibam os pais que apesar do choro, gritos e do comportamento de oposição ser incômodo aos pais, a criança precisa de acolhimento. A criança não faz isso para irritar, manipular ou chatear os pais, mas o cérebro ainda não está maduro o suficiente para se acalmar e se regular sozinho.

Dê um lugar de afeto, respeito, diálogo, escuta ativa e conexão. A criança saberá que, mesmo em momentos difíceis poderá contar com os pais.

Giuliana de Angelis Depieri Malagutti - Setor de Psicologia
Escola Santa Maria, 2023

 

O COMPORTAMENTO DA BIRRA E O SENTIMENTO DE FRUSTRAÇÃO

COMPORTAMENTOS AOS 2 e 3 ANOS DE IDADE

O que acontece:

Nessa faixa etária, as crianças de 3 anos têm características que se destacam a seguir:
- tudo é meu e tudo é como eu quero;
- para tudo tenho uma pergunta e procuro explicações;
- falo pelos cotovelos;
- amigos imaginários podem ser meus companheiros;
- adoro ritual/rotina para manter um senso de identidade e controle sobre meu mundo;
- experimento emoções intensas: choro, grito, desabo em lágrimas;

Os 3 anos são uma era de explosão de aprendizado. As crianças dessa idade aprendem vocabulário, habilidades emocionais, motoras e intelectuais em um ritmo frenético. Começam a entender as emoções, começam a entender o que os outros estão pensando e tem o desejo de se conectar.

Por isso que nessa idade brincar de imitar rosto, gestos corporais e tom de voz é tão divertido para as crianças e tão importante para seu desenvolvimento.

Como conduzir:

Abaixe a altura da criança e olhe nos olhos para que ambos se sintonizem para ajudar a criança a se acalmar e transmitir segurança e poder se conectar com a criança.

Valide seus sentimentos, mas explique o que é importante. Aproveite o momento para que a criança entenda que seus sentimentos são validos. Ela pode ficar chateada/triste/frustrada por tal situação, mas, explique como ela pode se comportar e agir.

Dê alternativas para a criança ter sua autonomia respeitada, ex: dê opções para o jantar na sexta, as roupas para vestir em uma ocasião ou escolher um livro para lerem. Limite as opções evitando que a criança se sinta perdida e permita que ela faça escolhas.

As birras não têm um momento certo para acabar, por isso, depende não só da idade, mas de como o adulto cuidador conduz o aprendizado das emoções. É possível ajudar a criança a lidar com as frustrações e diminuir as birras.

Podemos comunicar o que esperamos dela, traçar regras e combinados sem fazer a criança sentir medo, sem minar a autoestima e fazê-la sentir-se inadequada.

Giuliana de Angelis Depieri Malagutti - Setor de Psicologia
Escola Santa Maria, 2023

 

INCLUSÃO ESCOLAR NO CDI SANTA MARIA

O termo "inclusão escolar" nos faz refletir sobre diversas inclusões possíveis no setting educacional, através de uma metodologia que insere e estimula o indivíduo visto de forma singular, com sua identidade própria, a pessoa que traz a diferença para dentro da escola que se permite transformar e evoluir juntos, já que, incluir, fará seu caminho sempre através da diferença.

A inclusão como prática oficial no CDI SANTA MARIA está inserida no projeto político pedagógico, sendo o tema, um dos principais eixos da proposta pedagógica para uma educação humanista, que promove a educação como um direito de todos e para todos, com objetivo de fortalecer o acesso da criança à vida e no mundo da aprendizagem, para que o aluno revele seus potenciais e subjetividades.

Incluir no espaço escolar pressupõe, portanto, que a escola desenvolva manejos, ferramentas e intervenções na prática, pensando que cada sujeito é único: seus ritmos, gestos, formas de ser, agir, resolver, interagir e sentir, segundo a premissa de que todos somos iguais na diferença. Com esse lema, a inclusão escolar é conviver com as diferenças e semelhanças do ser humano.

Através da diferença eu produzo fazeres, saberes e aprendizagens para que surjam outras forças e possibilidades de existência: ou seja, trabalhar na promoção da saúde integral e constitutiva em uma pessoa que pode ser plena em si própria.

Ainda hoje, nos deparamos com a tendência de estabelecer algumas normas para enquadrar a criança no modelo de "bom aluno" – quietinho, participativo, que aprende tudo, aprisionando sua existência em uma única possibilidade uma única direção ou modelo. Nós acreditamos que a diversidade, a mistura, as diferenças se unem para potencializar as relações humanas de modo dinâmico, inteligente e criativo, respeitando as individualidades.

O CDI SANTA MARIA defende a prática da inclusão plena e natural. O setor de psicologia escolar valida e cria corpo dentro da instituição, operando sobre várias possibilidades: os profissionais internos que exercem a inclusão ou através da presença dos profissionais externos que trabalham com suas especialidades, sendo Fonoaudiólogo, Terapeuta Ocupacional ou Acompanhante terapêutico.

Acolhemos os profissionais e trabalhamos na direção de que sejam recursos para auxiliar na aprendizagem e desenvolvimento de práticas inclusivas no individual ou coletivo, para o desenvolvimento integral do aluno, valendo como regra a união dos saberes de saúde e educação ou clínicos e pedagógicos para que se tornem transversais!

A escola é um regulador de afeto e um espaço de convivência das famílias, equipe e alunos, sempre na direção da construção dos laços. Por isso, a equipe da escola é um ligador da realidade para família e aluno. A escola é um canteiro de experimentações, é um espaço em potencial– existe o ambiente (espaço físico) e o campo social (das relações), a circulação dos afetos e das transferências e vínculos que se estabelecem.

Tanto o fazer escolar quanto o fazer terapêutico favorecem efeitos de subjetivação. A Inclusão favorece a mais básica das aprendizagens: aprender a ser, a conviver, a fazer e aprender a aprender.

Assim é a escola que representa um espaço de subjetivação para todas as crianças e que exerce uma presença ativa quando se coloca no lugar de intérprete e tradutor de diversas linguagens (da criança, dos pais, da escola, da ambiência) ou quando se oferece como espelho no qual a criança possa se reconhecer, podendo operar na constituição do seu eu e no advento de ser sujeito, de sua linguagem e da sua presença na sociedade.

Para a criança incluída, estar na escola, também, favorece novas possibilidades de dar sentido aos movimentos cristalizados e repetitivos, ampliando posicionamentos e conexões do indivíduo que aí está se constituindo.

A intenção é fazer a função intercessora, articulando saúde e educação em atitudes, ou como referência para a criança, tradutor da ambiência e mediador das relações do aluno com a professora, com as demais crianças e outros atores no ambiente educativo.

Há alguns anos, temos leis que garantem a inclusão de crianças com necessidades especiais em escolas normais. A lei para a prática da Inclusão dentro do ambiente escolar oferta um anteparo entre escola e famílias para evitar que surjam conflitos, juízo de valores, desconfortos que a criança traz, devendo haver um trabalho preventivo, de antecipação e planos sequenciais para que não ocorram crises, surtos desorganização e situações traumáticas do ponto de vista individual (clínico) e grupal (social).

A Inclusão opera uma grande possibilidade de indagações e diálogos entre a criança e escola (equipe de funcionários), nomeia desconfortos, aponta falhas, desvela ausências de respostas ou respostas diferentes.

Cabe a escola pensar em soluções para os conflitos que surgirem. Sempre podendo ser revisitados os manejos mediante avaliação daquilo que deve ser adotado e de como pode se dar a Inclusão – evitar que a Inclusão seja imposta, ela tem que ser vivida, experienciada e no campo coletivo: incluo o diferente e falo sobre o diferente.

Trabalhando o conceito do diferente no ambiente escolar, informando, orientando as nuances sobre as diferenças e modelos de intervenção possíveis nossas crianças participam das noções de cidadania, empatia e na construção do outro semelhante, na sua diferença.

Esse texto foi produzido pelo Departamento de Psicologia, responsável Giuliana de Angelis Depieri Malagutti com intuído de divulgar e compartilhar a concepção e a prática de Inclusão escolar realizado no CDI SANTA MARIA.

 

Desfralde sem traumas!

Com alegria partilhamos o início e o desenvolvimento do processo de desfralde das crianças no CDI Santa Maria, a partir da decisão e informação dos pais sobre este desejo para a escola.

O desfralde é uma etapa de aprendizagem natural que se apresenta no tempo de maturidade fisiológica e intelectual da criança, a partir da idade de 1 ano e 8 meses podendo se estender até 3 anos de idade.

Nos primeiros anos de vida aprendemos a reconhecer nas crianças suas necessidades e desejos, em grande parte através da linguagem corporal, cujas sensações e manifestações são expressas por elas. Por essa razão quanto ao desfralde devemos perceber os sinais que a criança mostra:

1º sinal - onde primeiro a criança percebe o seu corpo e sinaliza a presença e incômodo do xixi ou cocô nas fraldas.

2º sinal – por meio de linguagem verbal, gestual e corporal – a criança nomeia avisando xixi/cocô depois que já fez nas fraldas

3º sinal – por meio de linguagem verbal, gestual e corporal – a criança avisa antes – quando vai fazer xixi/cocô

O terceiro sinal é o melhor momento do desfralde – significa que a criança reconhece as sensações do seu corpo, e terá um novo desafio mental/corporal: saber que quer/precisa fazer xixi, segurar o xixi até chegar ao peniquinho ou vaso sanitário e depois relaxar o corpo para pode eliminar o xixi.

São funções corporais e mentais complexas que requerem a sensibilidade, a atenção, o respeito e a paciência do adulto próximo: mamãe, papai, educadores e professores.

Todos esses sinais, uma vez manifestados devem ser acolhidos e se tornarem oportunidade de aprendizagem com incentivo e amparo, plenos.

Alguns fatores facilitam e ajudam no desfralde – conhecer o ritmo corporal da criança, convidar algumas vezes para ir ao peniquinho, não criar expectativa sobre a resposta da criança, não demonstrar ansiedade, euforia e sim tratar como algo natural e bom para a criança.

Outro fator de segurança para a criança é que o desfralde se inicie em casa, num final de semana, com a presença dos pais, ensinando, estimulando e parabenizando os acertos e jamais punir ou criticar o erro ou o escape na roupa. Manter a criança sempre seca e lembrá-la que o xixi se faz no peniquinho ou no vaso, não na roupa e trocá-la pacientemente à cada escape.

Para a escola é importante a sinalização na agenda quanto ao início do desfralde em casa, a reação do filhinho ou filhinha e fazer combinações ou recomendações com a escola.

É importante providenciar um número maior de trocas e sapatos (calcinhas, cuecas, calças ou shorts, chinelinhos, sandálias, etc...) para que a criança possa estar confortável e atendida o tempo em que permanecer na escola.

O desfralde se inicia de dia e primeiramente com o xixi, em seguida o cocô e o desfralde noturno pode se iniciar um bom tempo depois do desfralde diurno ou quando a criança sinalizar (fraldas secas pela manhã por um longo tempo). O CDI Santa Maria, através de sua equipe contribuirá firmemente, comemorando com os pequeninos e suas famílias, os avanços importantes de cada uma das crianças.

Dalva Pereira, 2021

 

NÓS, ADULTOS, AS CRIANÇAS E OS SUPERHEROIS DIANTE DESTE MOMENTO DE PANDEMIA

Giuliana de Angelis Depieri Malagutti
Setor de Psicologia CDI Santa Maria

Os super-heróis são um recurso (presente no imaginário infantil mas que transcende para a vida adulta) quando estamos em situação de perigo, procurando por super-heróis, por alguém que nos ofereça a mão.

No contexto de pandemia em que nossas certezas foram abaladas começamos a ter que lidar com a ânsia e preocupações pelo declínio dos projetos próprios, de perdas reais ou imaginárias, quase um convite constante para estarmos em sensação de sobrevida: repensando qual melhor rumo e qual melhor escolha assertiva. Nesses momentos nossos super-heróis internos e idealizados são requisitados quando perdemos o rumo, o prumo e as certezas.

Os super-heróis são seres que existem enquanto atuam, quando abrimos um quadrinho ou um filme eles entram em cena e em ação, e perdem a existência quando fechamos o livro ou terminamos o filme, e eles se retiram e habitam o lugar estático, ficam encapsulados e almejam mais uma vez poderem voar, saltar, fazer atos altruístas e salvar o mundo.

Os super-heróis reais humanos rompem com esse enclausuramento que um corpo permite e estão na fronteira do ser e do se transformar, pois os super-heróis humanos fizeram a virada, trouxeram a solução através da vacina e da linha de frente nos hospitais para retirar o agente infeccioso, que habita a mente de todos nós, tornando-se um assunto universal. O super-herói se torna forte quando está em evidência, quando apazigua um mal-estar comum ou quando trás o choque de uma tendência, de injetar energia ou até aprontar peças.

Estamos no ponto de saturação da pandemia e nossas crianças que tiveram que lidar com o real ainda impedido de simbolização, utilizaram os recursos mágicos, poderosos e de atos altruístas para tentarem lidar com esse mal-estar que habita as casas, a mente e os rostos que agora ganharam nova configuração com as máscaras – seriam máscaras de superpoderes, podemos liquidar o mal? Guerrear? Como enfrentar esse vírus sem estar protegido com uma capa e ter superpoder?

Os heróis habitam o espaço onde imaginação e realidade se encontram. Com seus superpoderes em defesa do bem, por realizarem a nossa vontade de cuidar das pessoas e por sua capacidade de salvar o mundo, os heróis podem impactar crianças e adultos que se dediquem a acompanhar a sua jornada.

Estamos trazendo os super-heróis das telas para nossa realidade corporal. As crianças trazem como identidade a presença dos heróis no seu cotidiano, ora para blindar-se do mal-estar, se preparar com superpoderes para agir quando for chamado ou para anestesiar essa realidade dura. Sempre buscamos os super-heróis para estendermos as mãos e buscar auxílio, são aqueles em que podemos confiar e deixar nossas vidas em suas mãos.

"Gente, de todo tamanho, precisa da fantasia para dar conta da realidade", aponta Carla Jarlicht, para lidarmos com nossos sentimentos e emoções e nos organizarmos internamente. Todos nós internalizamos uma representação heroica para vivermos a realidade. Esse espelhamento que fazemos entre nossa vida e a saga do herói envolve imaginação e realidade. "Nossa imaginação é um mundo cheio de realidade, só que expressa em uma linguagem diferente. Lidamos com os problemas diários a partir de recursos internos que nos ajudam a enfrentá-los".

No contexto da pandemia de Coronavírus, que colocou o mundo em suspensão e refletiu a nossa ânsia por intervenções heroicas para dar conta de desafios grandes demais, são destacados como heróis os profissionais da saúde, os pais que protegeram seus filhos, os cientistas e pesquisadores.

Em casa nossas telas foram nossa companhia, em que os jogos virtuais, os vídeos, desenhos dos super-heróis nasceram diariamente no contexto rotineiro de casa e por onde as crianças tiveram como companhia e espelhamento, pela perda do social, dos pares, das trocas, do diálogo, do toque, do construir junto que acontecia no ambiente escolar. Toda energia infantil de desbravar o mundo, pesquisar, conhecer, ensaiar, competir e colocar sua marca no mundo foi esvaziado por um período de silencio, medo, temor e impossibilidades, e no mundo infantil paralisar o processo identificatório e de conexão no mundo de forma real, e deslocar para o mundo virtual e dos personagens trouxeram a possibilidade desse espelhamento.

Por isso algumas crianças trazem na sua vestimenta externa e interna comportamentos dos super heróis como forma de externalizar uma solução, um modelo, um alicerce na pandemia e cabe nós adultos com bastante doçura, mediação e conhecimento trazer esse aluno de volta para o palco humano da invenção, construção e ousadia para voltar a vivenciar o mundo do intelecto para se desenvolver, trabalhando que o herói interno pode desenvolver habilidades novas e dominar conhecimento.

Em outras palavras, um herói bem-sucedido consegue dominar e transcender o próprio ego em prol de uma causa que beneficie a todos. O brincar com superpoderes, fantasiar-se, imaginar-se, identificar-se, trazer soluções para o cotidiano são ações super construtivas na faixa etária da educação infantil, mas cabe nós adultos não demandar essa responsabilidade às nossas crianças de desvendar as soluções, mas direcionar esse excesso de energia, esperança, agitação e desejo das crianças em locais produtivos como oficinas de artes, musicas, movimentos, atividade física, lutas, cantigas de roda, brincadeiras coletivas e aprender a manifestar seu herói interno na hora de ser colocado em cena, ensinando que ela é capaz de transcender os limites impostos pela vida real, em um contexto mais adaptado às suas possibilidades de ação.

O simbolismo do herói também traz uma motivação para o desenvolvimento de um "eu" que se sinta, progressivamente, capaz de se autogerir, adquirindo uma representação madura de si mesmo, sentindo-se importante no seu meio e adaptando-se às exigências da vida.

Deixamos então as sugestões de transformar pequenos atos de autonomia em grande ato heroico de si mesmo: "Pequenos atos heroicos da criança são grandes feitos para o seu desenvolvimento, como ir para escola sozinha, enfrentar a noite em seu quarto, vencer o medo de um monstro, separar-se dos pais em alguns momentos. O sucesso das primeiras provas irá fortalecê-la, preparando-a para outras mais difíceis que virão." (Psicólogo Michel).

Vamos fortalecer nossas crianças a estarem no mundo real munido de forças internas egóicas para que ela consiga desbravar o mundo por si mesma como um super-herói, mas com a carcaça humana.

 

BEM VINDOS AO ANO LETIVO ESCOLAR DO ANO DE 2021!

"A gente abre os olhos, abre os braços,
abre um sorriso, abre as janelas
e deixa-se iluminar.
A vida é bonita demais para não celebrar!"
(Rachel C.)

Neste ano, o CDI Santa Maria, atento à qualidade e processos pelos quais a criança cresce, evolui e aprende, segue com um projeto pedagógico amplo "O mundo em que vivemos – eu, cuido de você, você cuida de mim e juntos cuidamos do mundo"
Numa prática e linguagem coerente com a idade dos pequenos, dentro de um calendário rico de informações culturais, com eixos temáticos atraentes e interessantes para o universo infantil, selecionamos objetivos claros, espaços adequados e protocolos de higiene de acordo com a legislação em vigor, olhando todas as dimensões do ser em formação: a criança.

O aluno no primeiro semestre conviverá com temas e situações que a façam compreender sua pessoa, seu perímetro individual, capacidade corporal e emocional, seu nome, suas características físicas, suas preferências.
Em seguida sua aprendizagem será direcionada a tudo que está ligado à sua necessidade, seu pertencimento familiar e social contemplando: autonomia, crescimento, proteção e saúde, família, moradia, higiene, alimentos.

No segundo semestre, um pouco antes, sairemos do olhar pessoal como referência "Eu - a criança" para um novo olhar: como vivem as outras pessoas, onde vivem, como são os outros lugares e o que fazem as pessoas em outros lugares! Paisagens, fauna e flora, habitats, culturas e linguagens. Tudo o que tem no mundo!

Aí nos reuniremos aos outros amiguinhos, pensaremos e aprenderemos sobre o mundo em conjunto, juntos!
Sairemos do "eu" do primeiro semestre e chegaremos no "nós" no segundo.

Com que prazer os alunos descobrirão o mundo, vendo-se nele, gostando dele.
A semente do amor à vida e ao universo estará plantada aqui... na educação infantil, em cada um dos alunos!

O percurso nesta concepção pedagógica se fará num passeio que durará o ano inteiro, por temas, assuntos, noticias, imagens, cenários, cores e palavras, que muitas vezes serão trazidos pelas crianças de casa, das famílias, de suas vivências e experiências particulares. Trocar-se-á entre todos: energia, informações e sentimentos!

Pais, filhos e escola embarcarão nesse passeio, cheio de aventuras, peripécias e senões! (tudo não serão sempre flores)! Mas pelas crianças tudo valerá a pena!
A escola respira, o coração bate mais forte, a alma transcende. Estamos pulsantes e pensantes rumo ao futuro!

Estamos felizes e agradecidos!
Direção e Equipe CDI SantaMaria

Atendimento rápido

Entre em contato consco. Venha conhecer nossas instalações. Rua Judite França Costa, 473/488 Jd. Bonfiglioli

Fale Conosco
CDI Santa Maria

O Centro de Desenvolvimento Infantil Santa Maria proporciona o pleno atendimento a crianças de 4 meses a 6 anos. Elas recebem cuidados, carinho e atenção em seu desenvolvimento.

Rua Judite França Costa, 473/488
Jd. Bonfiglioli - São Paulo

secretaria@cdisantamaria.com.br

(11) 3733-4558 / (11) 3733-8424
(11) 3733-3011